Essa foi a última oficina ministrada dentro do Projeto Duopólio. Com ela fechamos uma seqüência de quatro encontros que aconteceu em diferentes cidades, com diferentes formações de turmas: Ceres, Trindade, Jaraguá e Pirenópolis.Em Pirenópolis lidamos com uma instabilidade no que se refere à presença dos participantes. Alguns começaram e desistiram, outros só vieram a partir do segundo dia, outros foram até o último dia, deixando de integrar apenas a apresentação final. Contudo, conseguimos levar até o fim, com a composição que ocorreu, formada basicamente por uma professora e suas alunas crianças.
Seguro dizer que uma mínima dedicação traz resultados positivos. Uma média atenção nos leva a descobertas bastante interessantes. Imagina onde poderíamos chegar se nos entregássemos ao máximo e de maneira desperta e disponível às experiências e pesquisas corporais e cênicas. O que poderíamos alcançar se trabalhássemos seriamente – sem perder a alegria e o prazer, claro – em busca de um corpo hábil e inteligente? Hábil em sua voz, movimentos, gestos, expressões, flexibilidade, resistência, coordenação, percepção, enfim, em todas as suas possibilidades que vão além do corpóreo.
O espaço físico que abrange o Theatro de Pirenópolis e sua sala de cinema é bastante simpático e amplo. Logo percebemos que dentro do teatro, no palco é que não iríamos ficar. O pátio externo, o teatro de fora, o hall e a sala do cinema foram lugares onde começamos a agir e estruturar a apresentação que ocorreu no dia 19 de junho. Compusemos apresentação na forma de um ‘tour’ pelo espaço, começando pelo hall de entrada do cinema, passando pela sala de projeção e conduzindo a platéia para fora onde pudemos também ‘brincar’ com as possibilidades de atuação.
No fim deu certo, como muito se diz. Entretanto, poderá dar muito mais certo quando nos apropriarmos com mais fervor de momentos como esse, de troca de experiências, aprendizagem, desenvolvimento social, especificamente aqui, dentro do âmbito das artes cênicas. Abraços de entusiasmo a todos que participaram dessa empreitada.
Por Rodrigo Cruz
