sábado, 13 de março de 2010

primeira oficina "duopólio"- ceres - goiás - 04 a 06 de março 2010











duopólio, projeto contemplado pelo Prêmio Klauss Vianna/Funarte 2008, consiste em oficinas de criação em artes cênicas, no qual os participantes são inseridos dentro do próprio espetáculo "dúplice", dando a ele novas significações. Do dia 04 a 06 de março, foi o primeiro de cinco encontros, que aconteceu na cidade de Ceres-GO. Lá, após 10 horas de oficina com 18 pessoas (na maioria crianças e adolescentes), foram selecionados 10 que continuaram num processo de investigação, exercícios e ensaios. Juntamente com os orientadores (Rodrigo Cruz e Rodrigo Cunha) uma nova versão do espetáculo foi criada e apresentada para a comunidade local. Ficamos surpresos e felizes com o apoios dos pais, que acompanharam seus filhos durante todo o encontro, dando suporte e atenção a todo instante, incentivando-os para trabalho. De suma importância foi também a presença do professor de ballet e jazz Marcos Maciel que já vinha trabalhando com esses artistas, pois todos eram alunos dele. O que usamos como critério para a seleção foi basicamente o comportamento dos participantes durante as oficinas, sua assiduidade, atenção, envolvimento e a postura diante dos exercícios e atividades propostas. Antes de iniciarmos os ensaios com os selecionados, fizemos um "passeio dançado" com todos no final de tarde de uma sexta-feira, como forma de divulgar a apresentação do dia seguinte e trabalhar com eles esse aspecto fundamental para um artista cênico: a coragem, propondo novas formas de atuação e interferência numa cidade. Por Rodrigo Cruz

4 comentários:

  1. Eu pude perceber ao assistir o espetaculo,uma grande semelhança entre o que foi apresentado e o que foi trabalhado durante a oficina ,como foi mesmo previsto pelos professores.
    Percebi também um grande entrosamento entre os dois,eu pude sentir uma grande energia,uma grande cumplicidade entre os dois,mesmo,que as vezes o contexto do espetaculo quisese mostrar um certo conflito;mas na condição de atores,e não personagens,eu pude notar o tempo todo ali,uma relação de segurança e de confiança.
    Foi uma experiencia muito boa assistir a esse espetaculo,pois ele é algo que foge do meu cotidiano,sendo assim uma possibilidade de novas descobertas.
    Parabens pelo trabalho de vocês.Abraços..

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  2. Um projeto de adaptação, assim se resume esta primeira etapa. Mais do que "impor" uma tecnica, ou um método, é preciso observar, mostrar e aprender com os envolvidos nas oficinas, visto que em cada cidade, e em cada grupo de pessoa existe caracteristicas que só pertencem a eles. Entao, é preciso chegar, obsevar, mostrar, ensinar e principalmente aprender. Em Ceres, o envolvimento dos alunos foi intenso, agregado a uma grande vontade de mostrar o trabalho. O importante entao, apesar de pouco tempo, é saber que deixamos sementes, e estes alunos/sementes, tambem semeou algo em nos. Algo de frescor, inquietude e busca...

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  3. Criar e aprender são palavras que caminham juntas. Em Ceres isto ficou bem claro, mais do que "impor" conhecimentos, tecnicas é preciso saber que aprendemos juntos com as pessoas e que elas nos ensinam o tempo todo. Nesta cidade, tão igual e tão diferente de outras cidades, vimos uma mistura de vontade e capacidade criativa, mostrada pelos alunos e envolvidos no trabalho. Um lugar que com certeza jogamos uma semente e e uma semente foi plantada dentro de nos.

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  4. Antes de começar cada trabalho deste projeto, apresenta-se um desafio, palavra esta que durante o percusso de Duopolio, se findou e solidificou de uma maneira muito forte e intensa. Desafio é colocar a prova todos os alunos e os professores envolvidos. Desafio de quebrar paradigmas, e deixar com que todos os envolvidos se tornasse uma folha em branco, pronto pra ser desenhada. Em Jaragua este desafio ficou presente o tempo todo. Uma mescla de alunos novos, muito novos e alguns ja experientes, muito experientes. Entao, o desafio esta formado: Como em tão pouco tempo, "transformar" e "adaptar" estas pessoas - tao diferentes - num mesmo processo. O que marcou foi esta mistura de pessoas e a mistura de experiencias diferentes e todos dentro de um mesmo espaço cenico. Desafio formado, o resultado foi um trabalho simples mas com muita força e muita VONTADE, curiosidade pra aprender, vontade de trocar experiencias. E pra mim como orientador, alem de aprender muito ficou uma grande sensaçao - como em outras cidades - de que um semente ali, tambem foi plantada.

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