domingo, 18 de julho de 2010

segunda oficina duopólio - trindade - goiás

Dentro do projeto duopólio uma das características é a diversidade entre os participantes. Seja esta definida pela idade ou pela experiência dos alunos. No entanto, os jogos e exercícios são realizados por pessoas que não se conhecem e assim desenvolvem seus aprendizados e seus meios pra se chegar a “cena”.


Trindade é conhecida pela sua força religiosa, onde se realiza uma das maiores festas católicas do país. Foi dentro deste contexto cultural que realizamos a segunda oficina duopólio.

Dentro deste prospecto, trabalhamos com e na sede do Grupo Desencanto, grupo tradicional com mais de 15 anos de existência, coordenador de todas as apresentações da cidade, inclusive a “Paixão de Cristo” que ocorre todos os anos dentro da “Festa Divino Pai Eterno”. É um dos grupos mais importantes do Estado de Goiás, aliás, homenageado no II Festival Nacional de Teatro de Goiânia em abril de 2010, ocasião em que foram apreciar o espetáculo dúplice, dentro da programação da oficina.

A oficina e a apresentação foram divulgados em toda cidade. Acatamos a sugestão do grupo anfitrião e realizamos a apresentação dos resultados dentro da programação do Festival de Artes da Cidade de Trindade, produzido por eles.

No primeiro dia de oficina cerca de 30 pessoas, entre jovens, adultos e crianças participaram da oficina. No segundo dia começamos a trabalhar com os selecionados – na realidade com as pessoas que prosseguiram com o trabalho, no entanto, uma seleção natural - a maioria atores/bailarinos do Grupo Desencanto. A noite eles foram assistir o espetáculo dúplice. No terceiro dia, já com a referência do espetáculo e do processo da oficina, começamos a aprofundar os elementos pra formar um espetáculo/exercício para o publico. Por sugestão do próprio grupo, no quarto dia voltamos para trabalhar na lapidação do que havíamos alcançado. No quinto dia a apresentação aconteceu dentro do festival da cidade.

Ao terminar esta etapa, pudemos observar uma característica muito marcante neste grupo: uma vontade enorme de explorar a arte cênica contemporânea, o hibridismo, as intersecções de linguagens. O que é isso? Como buscar esse caminho? Como aprofundar pesquisas nesse campo? São questões que se formam tanto para os participantes como para os ministrantes. O mais próximo de uma ‘resposta’ que pudemos alcançar é a busca, a curiosidade, a vontade de adentrar nesse vasto caminho, através de intercâmbios com outros artistas, da apreciação de outros processos criativos e espetáculos, de práticas corporais e estudos teóricos, aceitando tudo que for pertinente ao desenvolvimento de um corpo cênico, de uma atitude artística, enfim, ao desenvolvimento social, que começa no desenvolvimento individual. Percorrer caminhos – atentos e alertas - e não criar expectativas quanto a destinos e resultados que eles poderão nos trazer. Ficar receptivo as situações que poderão ocorrer e responder da melhor forma a elas.

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